Vestígios - poemas escolhidos > A construção do rosto

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E a gora a solidão tem outro nome – clareira
que no peito se abre.
Nenhum pensamento estreita o instante
nas cadeias do ontem lembrado,
do amanhã pretendido.
O depois como nada
– horizonte aberto a qualquer desenho.
Nem homem nem mulher,
marido ou filho
trabalho ou lazer
concebidos.
Somente agora e eu, nada e eu
brotando folhas
estalando pétalas.
E as raízes na noite
multiplicadas.

E esse perfil de veleiro contra o céu.


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