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Não é a areia incapturável na ampulheta

Não é a areia incapturável na ampulheta,
esses instantes escorridos entre os dedos
que me assustam.
Não são coisas perdidas, flores murchas
nem a decidida modelada solidão.
O que temo é esse país desconhecido,
essa hora morta de parada flor de cinza.
Esse deserto é que me assusta, esse cascalho
que se estende entre a viagem e o viajante,
muro erguido entre os jardins e o humano chão,
por onde nem sempre o sonho acha passagem
– esse silêncio entre o silêncio e a canção.


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