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Gravura

Aquém do cobre a idéia move.
Ponta seca: na ponta do estilete a imagem dorme
enrodilhada.
Cobre, latão – a matriz é o poema por dentro,
é o poema se fazendo no poeta,
paisagem latente em filme exposto.
No papel, o poema acabado.
A cópia é o poema por fora,
lido em certa cor,
realizado,
negativo e foto revelados
ao olho do leitor.
Entre a matriz e a gravura,
entre o poeta e o poema,
nessa área de silêncio,
tangentes ao cobre e ao papel
– desligados de toda tinta –
moram outros sonhos de existir.


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